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Banca de defesa de Mestrado da Pesquisadora Allyneanhy Alves do LAB404

É com alegria que informamos que a pesquisadora Allyneanhy Alves defenderá sua pesquisa intitulada “Cidades dirigidas por dados: Análise de caso de dataficação em Salvador Inteligente” no dia 07 de março de 2024, na sala do LAB404.

RESUMO DA PESQUISA:
Este estudo investiga a inteligência gerada mediante os processos de dataficação urbana na cidade de Salvador, focado em três dispositivos urbanos, que são operacionalizados pela Prefeitura (ou pela iniciativa privada em parceria): Ouvindo Nosso Bairro, Conecta Salvador e Zul Salvador. A pesquisa apresenta o objeto de interesse partindo da discussão teórico-conceitual sobre a relação entre dataficação e urbanismo inteligente. Nesse âmbito, os dispositivos realizam a coleta, tratamento e distribuição de dados e têm sido amplamente adotados na oferta de serviços públicos, desempenhando um papel fundamental nas iniciativas e estratégias municipais configuradas pelos projetos de “cidade inteligente” (smart city). A inteligência dessa cidade usa os dados gerados para basear a tomada de decisões no planejamento municipal, criando um ambiente moldado às necessidades urbanas. A pesquisa também apresenta os planos estratégicos vinculados à Salvador inteligente, destacando o projeto Salvador 360. A partir da metodologia neomaterialista, foi feito o mapeamento, a seleção e a classificação dos dispositivos de dataficação urbana da cidade, cujo recorte compreendeu um estudo de caso dos três dispositivos. Além disso, foram realizados a análise geral dos objetos, a análise dos dados, das funcionalidades da interface e dos documentos ligados à dataficação, bem como a condução de cinco entrevistas com os profissionais da área para preencher as lacunas encontradas. Os resultados indicam que a dataficação de cada dispositivo/projeto se vincula a uma dimensão relevante para smart city, tais como o Ouvindo Nosso Bairro que se relaciona com a democracia deliberativa, o Conecta Salvador com a conectividade em espaço urbano, e por fim, a Zul Salvador se integra com a vigilância e mobilidade urbana. No final, baseando-se na discussão das análises e nos dois modelos de níveis de maturidade de inteligência da cidade (Modelo de Maturidade Tecnológica – MMT e Modelo de Maturidade de Cidade Inteligente Sustentável – MMCIS), concluímos que, apenas o dispositivo do Ouvindo Nosso Bairro se aproxima mais da inteligência produzida pelo projeto Salvador 360, no Eixo Inteligente, enquanto os dispositivos do Conecta Salvador e Zul Salvador não têm gerado inteligência para a cidade, apesar dos potenciais insights produzidos pelos dados. A partir disso, compreendeu-se que ainda há controvérsias a serem exploradas na agenda urbana de Salvador. Enquanto existem planos estratégicos em vigência instituindo a cidade como inteligente, a visão da dataficação dos dispositivos urbanos tem contrariado essa ideia.

Membros da Banca:

Presidente – ANDRÉ LUIZ MARTINS LEMOS
Externo ao Programa – ARIVALDO LEãO DE AMORIM – UFBA
Externo à Instituição – FREDERICO RAMOS OLIVEIRA