Em uma entrevista para a mídia estatal, o primeiro ministro chinês Wen Jiabao disse tratar a Internet das Coisas (IoT) como uma “indústria estratégica emergente”. Dessa forma, Pequim começou a dar ênfase no desenvolvimento de tecnologias para a IoT, como etiquetas de rádio-frequência e comunicação “Machine-to-Machine” (M2M).
Os números não são modestos. O plato de Pequim é investir 5 bilhões de yuan (800 milhões de dólares) na indústria da Internet das Coisas até 2015. Em todo o país, o mercado de IoT deve chegar a mais de 80 bilhões de dólares até o mesmo ano e duplicando até 2020.
Uma das grandes questão no campo da IoT é a padronização. E essa é justamente a ideia da China: chegar na frente tecnologicamente e poder definir padrões na “internet do futuro”.
A preocupação da IoT não é apenas com uma computação pervasiva, com uma internet presente em todos os lugares, mas também fazendo parte – como o próprio nome diz – das coisas. “I really feel that the next paradigm for product design will be changed by the Internet and the new range of materials we now have”, diz James Law, responsável por uma empresa que desenvolve na China projetos de arquitetura baseados em tecnologia. Um deles é o Cybertecture Mirror, que, além de servir como espelho, revela dados sobre a saúde, o tempo e até visualiza e-mails. Ele completa: “We shouldn’t be building things in the same way as the past”. Trata-se, então, de uma nova forma de construir as coisas. E também uma nova forma de entender os objetos.