Nos dias 12 e 13 de novembro ocorreu em Bruxelas, na Bélgica, o evento The 4th Annual Internet of Things Europe: Shaping Europe’s Future Internet Policy – The road to Horizon 2020, com o objetivo de explorar a coexistência entre o mundo real e o virtual em áreas como saúde, transporte e varejo.
O evento contou com a participação de membros dos governos da União Europeia e de algumas das maiores empresas do mundo em tecnologia. O debate facilitou o entendimento entre os setores público e privado para criar um ambiente de inovação, investimento e crescimento econômico. Além disso, outras questões foram exploradas, tais como privacidade e segurança, ética, desenvolvimento tecnológico, cooperação internacional e os recursos necessários para que a Internet das Coisas seja totalmente integrada. Ainda se discutiu a necessidade de uma legislação específica para a proteção dos dados e foi dada a oportunidade às indústrias para que compartilhassem suas opiniões.
Rob van Kranenburg, fundador de uma usina de ideias sobre a Internet das Coisas na Europa e moderador do evento, afirma que o grande comparecimento reflete que a percepção de que a IoT afetará tudo. “Estamos em um mundo em tempo real agora, não existem mais constantes. O problema é que há muito poucas ferramentas para esta sociedade em tempo real”, conclui.
Inovações no mercado
A EVRYTHNG, empresa global de software do Reino Unido, busca fugir dessa realidade. Seu co-fundador, Andy Hobsbawm, acredita que a sua organização é uma das poucas a ganhar dinheiro sobre a IoT porque encontrou uma maneira de usar as tecnologias que já são ubíquas. Um exemplo é a comunicação “machine-to-machine” (M2M) via SMS. Na Europa, essa tecnologia já é usada para o monitoramento remoto do gado em tempo real. A solução foi desenvolvida pela especialista francesa em monitoramento, a Medria Technologies em parceria com a gigante das telecomunicações alemã Deutsche Telekom. E isso é só o começo!
Implicações no cotidiano
A existência de padrões de comunicação, que também foi pauta na conferência, é a principal chave para o sucesso da Internet das Coisas. Para Rob van Kranenburg, assim que as plataformas forem abertas e os dados começarem a ser compartilhados, os produtos já conectados abrem caminho para os outros, além de um afastamento da “propriedade” para uma sociedade mais democratizada, onde os recursos são compartilhados na comunidade. Pode-se ler mais sobre essa teoria aqui.
Há ainda muitas discussões a serem feitas, inclusive com relação às leis. No entanto, os avanços da Europa com relação ao assunto são notáveis. Vale a pena pensar em algo para o Brasil não ficar para trás.
Fontes: http://newsroom.cisco.com/feature-content?type=webcontent&articleId=1104358
http://www.eu-ems.com/summary.asp?event_id=124&page_id=991&/