Na reunião do último dia 29, discutimos o texto Jornalismo Participativo E Informação Hiperlocal: O papel de mashups e hashtags na construção da notícia em redes sociais, de Nelson de Oliveira e André Fabrício da Cunha Holanda.
No artigo, apresentado no Intercom 2009 e publicado na Revista Brasileira de Iniciação Científica em Comunicação Social (Iniciacom) vol.2, de 2010, os autores discutem como o uso de redes sociais e das ferramentas de localização pelas fontes e pelos jornalistas podem contribuir para o aprimoramento das práticas diárias do jornalismo. As análises são feitas baseadas nas hashtags (#) e nas mashups (marcadores de geolocalização) do Twitter. Os autores analisam, especificamente, a cobertura no Twitter das chuvas de Salvador, em maio de 2009, e um mapa colaborativo que indicava buracos nas vias públicas de Fortaleza, desenvolvido por blogueiros e usuários do Twitter.
Em resumo, a tese dos autores é a de que a partir de um relacionamento mais aprofundado entre fontes (blogueiros, twitters, cidadãos) e jornalistas, o processo de construção da notícia seria enriquecido com a participação mais efetiva das fontes em todo o processo, principalmente no que diz respeito ao jornalismo local, como nos casos analisados pelos autores.
Oliveira e Cunha finalizam o artigo afirmando que “se as funções pós-massivas são conversacionais e muito eficientes em nichos, as mídias massivas podem remediar o que acontece nestes nichos, na elaboração de um jornalismo participativo mais bem fundamentado.”
A discussão sobre o texto, no grupo, girou em torno da questão da credibilidade da notícia. Problematizamos se, a partir desse jornalismo mais colaborativo e participativo, a informação jornalística tenderia a ganhar mais, ou menos, credibilidade. Lançamos aqui, também, os questionamentos para os nossos leitores.